QUASE-FACHO II
O Tchern, companheiro de longa data disto dos blogues e verdadeira instituição nos comments da blogosfera lusa de esquerda, ficou incomodado pelo meu apoio às obras deste Governo que façam "bem ao ego e a imagem do pais".
A minha expressao foi um bocado fachizóide, admito, e susceptível das mais terríveis interpretações, mas por isso mesmo acrescentei, logo a seguir, a frase, entre parêntesis, "o que é que isso queira dizer".
De qualquer forma, como sou casmurro, volto ao assunto - qual é o grande problema em ser adepto da Expo e das Capitais Europeias da Cultura?
E ja agora, se, alem de meritorias per si, ainda melhorarem o ego da malta e, em pequena escala, melhorarem a imagem externa de Portugal, nao é positivo?
O grande inconveniente destas obras de fachada é o pais andar entretido a pensar no acessório enquanto se cometem as maiores barbaridades governativas. Isso sim, é grave, e já tem vindo a acontecer há meses e meses com outra grande obra, a novela "Casa Pia", autoria de uma parceria Impresa/Mediacapital/Media do Estado/Media da Igreja/outros, sem lucros visíveis para o Ego nacional, a imagem externa ou até a consolidação do Sistema Democrático.
MA
PS - se incluirmos os Transportes nas grandes obras, o caso já muda de figura - a opção pela Ponte Vasco da Gama em detrimento do Barreiro ou a eventual construção do Aeroporto da Ota são bons exemplos de má aplicação dos dinheiros do Estado.
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