QUIOTO II
A Rússia não assinou Quioto. Juntamente com os EUA (que também não assinou), representam cerca de metade das emissões mundiais de gases potenciadores do efeito de estufa. Desta forma, o protocolo perde praticamente qualquer valor.
Mas tão grave, a meu ver, como não assinar é estar a milhas de cumprir o que foi acordado. Se o Protocolo estivesse a ser cumprido entre os signatários (provando, assim, que este tem limites de emissões razoáveis), concerteza seria mais difícil à Rússia e EUA justificarem a sua posição.
E que tal pensar numa alternativa mais razoável, se esta não é exequível (ou não há vontade política de o fazer)? Antes um protocolo menos ambicioso - com os riscos ambientais que daí advém - do que nenhum acordo.
Ou, mais uma vez, será que muitos não preferirão (assinando ou não) um Protocolo excessivamente ambicioso que quase nenhum país consegue cumprir? Um outro Protocolo com objectivos um pouco menos ambiciosos e, por isso, mais facilmente atingíveis, tornaria mais difícil justificar o seu incumprimento...
MA
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